Situado entre a Avenida Infante Dom Henrique e o bairro de Alfama, o Campo das Cebolas é recentemente, uma das zonas mais históricas e queridas pelos cidadãos de Lisboa.

Se antes, o estacionamento desordenado, as palmeiras e as linhas de elétrico desativadas eram a principal paisagem, com as obras, deu lugar a um novo espaço de convívio citadino, com árvores, bancos e quiosques.  E foi graças a estas obras que permitiu encontrar uma Lisboa histórica e pombalina, tudo no Campo das Cebolas.

Historicamente, na zona do Campo das Cebolas, antigamente era água e ao longo do tempo é que a cidade se expandiu para o lado do rio e foi tomando a forma atual. Desta forma, o local apresenta os vestígios do avanço de Lisboa para sul, com bastantes curiosidades. Aspectos como um paredão construído depois do terramoto de 1755, uma escadaria de acesso ao rio, restos de um forte do século XVII, vestígios de barracas de mercado, restos de um poço e ainda um cais de finais do século XIX são alguns registos que se pode encontrar neste local.

No centro da praça está o paredão pombalino, construído depois do terramoto que serve de parede ao parque de estacionamento. Encostado ao cais, existem alguns restos do Forte da Ribeira, um edifício que existiu mesmo ao lado do que é hoje o Ministério das Finanças. Pode também encontrar estacas de edifícios pombalinos em frente à Casa dos Bicos, onde também foi possível identificar parte de um poço, provavelmente do século XVII, que aparece no painel de azulejos “Grande panorama de Lisboa”, fabricado em 1700, sendo uma das melhores formas de conhecer a capital antes do terramoto. Material do século XVI, como bijutaria, sapatos e alfinetes e moedas de ouro são aspectos e pontos de interesse que fazem desta descoberta ainda mais fascinante.

O que mais surpreende e prende a vista dos visitantes é a estrutura do antigo cais, construído após o terramoto de 1755, com três escadarias, e uma embarcação de 17 metros de comprimento e três de largura. A sua origem, do início do século XIX, este barco regional de transporte mercadorias alimentares e cortiça no rio Tejo, foi encontrada praticamente completo e graças ao lodo do aterro permitiu a conservação do barco.

No Campo das Cebolas, existe também um antigo palácio para os condes de Coculim (agora transformado em hotel) é uma prova de uma Lisboa do século XVI. Construído no século XVI, hoje sobra pouco dele, tudo ruiu com o terramoto de 1755 e o restante foi desaparecendo com sucessivas ocupações não-habitacionais.  É possível observar uma parede com um arco em ogiva, uma taberna do século XIX mas é a presença romana que está mais visível no edifício, onde se encontra as ruínas de uma casa do século II, cujo chão em mosaico está bem preservado. Ao longo do piso térreo encontram-se partes da segunda muralha que os romanos construíram, entre os séculos IV e V e há um amplo pedaço da velha cidade romana, do mesmo período, visível numa sala do primeiro andar, decorada com uma gravura de Lisboa antes do terramoto. Pode-se também encontrar um tanque-fontanário, um poço que foi utilizado até à ocupação islâmica e parte da calçada que descia até ao rio. Para visitar estas maravilhas históricas, apenas temos esse luxo ao domingo, nas visitas abertas ao público.

Tudo isto num só local, em que pode contemplar e observar a mistura entre modernidade e história da cidade de Lisboa.

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