Embora recentemente tenha sido notícia devido ao jantar organizado pela Web Summit, o Panteão Nacional foi criado por Decreto de 26 de setembro de 1836 e encontra-se instalado em Lisboa, na Igreja de Santa Engrácia.

Fundado na 2ª metade do século XVI e situado na zona histórica de Santa Clara, ocupa o edifício originalmente destinado para igreja de Santa Engrácia, acolhendo os túmulos de grandes vultos da história portuguesa. O edifício foi totalmente reconstruído em finais de Seiscentos pelo arquiteto João Antunes, sendo um elemento importante no perfil da cidade e oferecendo pontos de vista privilegiados sobre a zona histórica da cidade e sobre o rio Tejo, está classificado como Monumento Nacional.

Com mais de 120 mil visitas apenas em 2016, o Panteão Nacional de Lisboa é um belíssimo exemplar arquitectónico em Lisboa e destina-se a homenagear a memória dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao País, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares, na expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e artística ou na defesa dos valores da civilização.

Aberto ao público a 1 de dezembro de 1966,  com missa inaugural presidida pelo Cardeal Cerejeira e na presença do Presidente da República Américo Tomás e do Presidente do Conselho Oliveira Salazar, é considerado o primeiro monumento barroco no país, é coroado por um zimbório gigante e o seu interior está pavimentado com vários tipos de mármore colorido.

O actual templo situa-se no local de uma igreja erguida em 1568, por determinação da Infanta D. Maria,  filha de D. Manuel I, para receber o relicário da virgem mártir Engrácia de Saragoça mas foi severamente danificada por um temporal no ano de 1681. As obras perduraram tanto tempo que só foi concluída em 1966, 284 anos após o seu início (daí a expressão popular Obras de S. Engrácia quando algo demora muito tempo), por determinação expressa do governo da época, após avanços e recuos na sua construção e até ter servido de armazém de armamento do Arsenal do Exército e de fábrica de sapatos nos séculos XIX e XX.

No Panteão Nacional, é possível conhecer as grandes figuras de Portugal, como:

  • Almeida Garrett – escritor e político;
  • Amália Rodrigues – fadista;
  • Eusébio da Silva Ferreira – futebolista;
  • Guerra Junqueiro – escritor;
  • Humberto Delgado – opositor ao Estado Novo;
  • Manuel de Arriaga – presidente da República;
  • Sidónio Pais – presidente da República;
  • Sophia de Mello Breyner Andresen – escritora;
  • Teófilo Braga – presidente da República;

Para visitar o Panteão Nacional, deve dirigir-se ao Campo de Santa Clara, 1100-471, Lisboa. Em relação aos preços, o Bilhete normal é 4€; grátis no 1º Domingo de cada mês para visitas individuais e pequenos grupos (todos os elementos de grupos superiores a 12 pessoas pagam bilhete), incluindo crianças e jovens até aos 12 anos, inclusive e o horário: de 3ª a Domingo, 10:00 – 17:00. Encerrado à 2ª-feira, a 1 de Janeiro, no Domingo de Páscoa, no 1 de Maio e a 25 de Dezembro.

Caso tenha tempo e interesse, na proximidade do Panteão Nacional realiza-se semanalmente, às 3ªas feiras e Sábados, a tradicional  Feira da Ladra. Como chegar?

A estação de metro mais próxima é Santa Apolónia (linha azul) e através do Eléctrico 28 (https://electrictuk.pt/meet-the-story-of-the-mythical-tram-28/)