A Sé Catedral de Lisboa, também conhecida por Igreja de Santa Maria Maior, foi construída no ano de 1150, da responsabilidade de D. Afonso Henriques, após três anos da conquista da cidade aos mouros.

Classifica como património nacional e sendo um dos monumentos medievais mais antigos de Lisboa (2ª metade do séc. XII), durante a Idade Média a Sé de Lisboa funcionou como um local de fixação religiosa, cívica e cultural e no seu adro e por vezes no interior funcionaram as reuniões da assembleia municipal.

Após 1755 a Sé deixou de servir de assento à diocese, dado que o Terramoto e que originou um grande incêndio, destruiu grande parte da torre sul da fachada, da torre sineira do cruzeiro, e da talha no interior do templo. E, 1777 iniciou-se uma reconstrução da Sé, e mais tarde, em 1940, foi reconstruída a abóbada de berço idêntica à original.

A Sé pela sua história, apresenta marcas das alterações que sucessivamente lhe foram feitas. Podem-se observar duas fases construtivas fundamentais: a românica e a gótica.  O esquema da sua construção, que se verificou desde 1150 até aos primeiros anos do século XIII, era muito semelhante ao da Sé de Coimbra que se compunha por três naves, um trifório, um transepto saliente e uma cabeceira tripartida. No entanto, esta obra não ficou para sempre com as iniciais caraterísticas dando-se algumas importantes transformações.

A primeira planta apresentava uma composição românica na cabeceira até ao séc. XIV, com ábside e dois absidíolos laterais menores e paralelos, de contorno exterior semicircular. Mais tarde, entre 1279 e 1325, é representado essencialmente pelo claustro e suas galerias, sendo de salientar os pormenores fantásticos dos baixos relevos nos capitéis.

A fase de maiores transformações foi a de 1325 a 1357 com a construção da nova cabeceira gótica, para substituir a primeira que supostamente foi destruída ou fortemente danificada pelo terramoto de 1344.

Surgiram novas obras, feitas na capela-mor durante o reinado de D. João I mas o interior da capela-mor perdeu grande parte do seu aspeto gótico devido às alterações feitas durante o período barroco e neoclássico, introduzidas após o terramoto de 1755. Apesar de tudo, mantém quase intacto o seu aspeto primitivo, não tendo sofrido com as alterações da 2ª metade do séc. XVIII nem com os restauros feitos no séc. XX. A cabeceira apresenta exteriormente grande leveza estrutural e interiormente constatam-se características arcaizantes do gótico afonsino. Os arcos das abóbadas artesoadas do deambulatório e das capelas são disso exemplo, contendo capitéis com motivos vegetalistas, típicos dessa época.

Na Sé de Lisboa, os órgãos existentes no interior desta catedral são três e são de diferentes períodos da história da sua existência e caso goste de tesouros, o tesouro da Sé acede-se pela torre sul, encontrando-se no topo da escadaria, à direita. Abriga uma variada coleção de pratas, como uma cruz do século XVI, do período da União Ibérica, trajes eclesiásticos, estatuária, manuscritos iluminados e relíquias associadas a São Vicente.

Sendo um local de fácil acesso e procurado pelo turistas, não deixe de visitar uma das referências da cidade de Lisboa, a Igreja entre as 09h00 – 19h00 e o Claustro entre as 10h00 – 18h00 (Verão) e 10h00 – 17h00 (Inverno).